Esta era a sala de parto do Hospital de Auxílio Angélico na Cidade S.

Hailee Potter estava deitada na mesa de operação, desgrenhada e pálida. Seu suor era profuso enquanto sangue continuava jorrando de sua vagina, com suas pernas abertas. O sangue manchava o lençol branco.

Na poça de sangue jazia um bebê, e seu cordão umbilical ainda estava conectado à sua mãe. Com os olhos bem fechados, seu rosto estava ficando roxo. Sua pequena boca estava levemente aberta enquanto seu minúsculo peito subia e descia lentamente.

Cecelia Potter virou o bebê com uma pinça e disse maldosamente, "Ai, ai... Meu pequeno sobrinho é tão resistente. Sobreviveu ao meu veneno e ao parto prematuro."

Kason Nelson zombou e então lançou um olhar para o bebê. "E daí? Ele morrerá de qualquer maneira. Eu não permitirei que uma vadia como ela seja a mãe do meu filho, futuro herdeiro da família Nelson! Hmph!"

Hailee olhou fixamente para as duas pessoas bem à sua frente, e o ódio crescia como grama selvagem. Com chamas de ressentimento queimando em seus olhos, ela amaldiçoou através de seus dentes cerrados - "Ambos vocês irão para o inferno!"

Essa maldição divertiu tanto Cecelia que ela riu. "Hailee, você não entende? É você quem irá para o inferno a seguir... Junto com seu filhinho! Kason e eu teremos uma vida feliz a partir de agora."

Hailee tremia de raiva, e suas unhas se cravavam na carne de suas palmas devido aos punhos cerrados. Ela cerrou os dentes. "Se você me machucar, meu pai..."

"Ai minha, eu estou tão apavorada." Cecelia se aninhou deliberadamente a Kason. Com um brilhante sorriso, ela disse, "Esqueci de lhe contar que seu pai é meu pai biológico."

O quê?

Foi um choque para Hailee descobrir que sua irmã adotiva na realidade era sua meia-irmã!

Enquanto Hailee ainda estava pasma, Cecelia disse triunfante, "A propósito, Oscar é meu irmão biológico. Depois que você morrer, ele e eu poderemos herdar legitimamente a riqueza da família Potter."

"Meu primo é meu meio-irmão!" Com esse pensamento, Hailee concluiu que ela e sua mãe haviam sido piadas todos esses anos. Ela olhou com ódio para Cecelia, que estava se gabando.

Então, Kason perguntou com uma voz fria, "Você quer ver como seu filho vai morrer?"

Hailee lutou para se levantar, mas o difícil parto havia consumido todas as suas forças. Ela estava tão fraca que caiu de volta na cama antes que conseguisse se sentar. Portanto, tudo o que ela pôde fazer foi gritar indignadamente. "O que você está fazendo? Eu aviso você..."

O aviso dela foi interrompido por Cecelia. "Sua mãe está morta, e o papai não gosta de você. Você não tem nada além do último suspiro, então o seu aviso pode funcionar?"

"Por favor! Eu imploro! Poupe meu filho..." Os golpes pesados vieram um após o outro, e Hailee finalmente se desmanchou em lágrimas. Ela implorou a Cecelia.

Kason cortou o cordão umbilical que conectava Hailee e seu filho, agarrou o bebê pela perna, e o jogou na mesa de operações. Hailee finalmente conseguiu dar uma olhada em seu filho, que não chorou após o nascimento.

Cecelia deu tapinhas no rosto do bebê. "Para salvar esse bastardo? De jeito nenhum! Abra seus olhos e olhe para ele com cuidado, ou você não irá reconhecê-lo no inferno."

O rosto roxo do bebê partiu o coração de Hailee. Hailee desejou tocar o rosto do seu filho e criá-lo, mas estava em tal estado miserável que não conseguia se proteger. Ela não podia fazer nada além de assistir ele morrer diante dela.

Em agonia, ela ouviu Cecelia dizer, "Querida, eu sou esperta, não sou? Eu matei a mãe dela, e agora ela vai morrer com o seu filho..."

"Aquele acidente de carro em que mamãe morreu, foi um assassinato intencional." Hailee pensou. A verdade a enfureceu. "Kason, Cecelia, nunca vou perdoar vocês, mesmo que eu morra!"

A agonizante Hailee sentiu-se flutuando no ar. Então, ela viu uma figura parecida consigo mesma deitada na mesa de operações com lágrimas de sangue ao redor dos olhos arregalados. Obviamente, ela não descansaria em paz.