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Intimidada pelo Rei Lycan

Intimidada pelo Rei Lycan

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Introdução
"Sua besta! Deixe ela em paz!" Meu pai gritou puxando as grades, mas isso não teve efeito em Axel. Ele continuava acariciando meus seios e beijando meu pescoço. *** A princesa Violet se lembra de seu velho amigo, Axel, quando seus pais governavam os Lycans com mão de ferro. Agora que Axel está de volta ao poder, ela espera que ele a perdoe. Exceto que o Axel de sua infância se foi, e o Axel que faz seu coração disparar é um tirano cruel. Implacável, selvagem e dominante. Não só isso, ele a odeia com uma paixão cega e em vingança a fez sua escrava. Mas o que acontece quando Axel se vê apaixonado por Violet, que não é sua companheira? As coisas irão funcionar para eles ou ele continuará sendo o tirano que é?
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Capítulo

Capítulo 1: Prólogo

Talon e Avalyn achavam que poderiam viver felizes para sempre, mas os deuses tinham outro plano.

Doze anos após o nascimento dos seus filhos, uma guerra inesperada eclodiu entre os humanos e os lobisomens.

A família de Talon se desfez. Cada membro foi disperso para um canto da terra desconhecido pelos outros.

Um inimigo mais poderoso do que eles jamais haviam imaginado estava em ação.

Os humanos capturaram Avalyn através de enganações e derrubaram os Lycans. Talon desapareceu.

Axel, o primeiro filho, encontrou-se prisioneiro nas mãos dos humanos, e seus irmãos, Blade e Scarlet, foram vendidos para uma terra desconhecida, um como criança prostituta e o outro como empregada.

O lobo Lycan deles foi inibido por drogas. Eles ficaram sem poderes e sem esperança de sobrevivência.

Em uma pequena cidade governada por humanos, Axel trabalhava incansavelmente aos doze anos de idade. Sem seus pais lá para salvá-lo, o menino lutava para sobreviver.

"Como você ousa deixar o cercado aberto?" Seu mestre gritava, lançando um longo chicote torcido na pele do jovem menino.

"Perdoe-me, mestre, eu esqueci—" O som do chicote estalando engolia suas explicações enquanto cortava o ar antes de alcançar seu corpo já marcado.

Axel se encolheu em uma bola enquanto o chicote atingia seu corpo por inteiro.

"Seu animal inútil! Você vai ficar aqui fora até que eu o considere digno novamente!" O cruel mestre gritava, chicoteando-o até que o sangue escorresse de vários pontos do corpo de Axel.

Então ele puxou as orelhas de Axel, arrastando o garoto até chegarem ao centro da fazenda.

Ele o acorrentou a um poste na plataforma onde os animais eram abatidos e o deixou para morrer no frio.

Axel não chorou nem gritou por socorro. Estava vestido apenas com uma camisa fininha e puída que nada fazia para protegê-lo do frio. Seu corpo estava tão machucado em tantos lugares que ele já nem sentia mais as dores. Assim como seu pai, ele tinha aprendido a suportar a dor. Sabia que esse sofrimento não duraria para sempre. Um dia chegaria quando os lycans tomariam o controle novamente. Os lycans governariam a terra de novo, e os humanos pagariam por tudo o que fizeram a ele e sua família.

Pelo canto dos olhos, Axel percebeu uma sombra se aproximando. Havia apenas uma tocha acesa na extremidade do celeiro, logo atrás do palácio do rei humano. Mas não era suficiente para ele ver quem estava chegando. Ele semicerrrou os olhos e olhou fixamente para frente. Ele não queria que sua condição o fizesse parecer fraco. Ele era um Lycan, e deveria sempre agir como tal.

Mas quando a sombra saiu da escuridão e entrou na única luz tremulante no ar frio da noite, Axel os reconheceu. Era Violet. A princesa humana se aproximou confiante, com as mãos bem escondidas sob sua capa.

"Axel, está com fome?" Ela perguntou, seus olhos azuis brilhando na escuridão.

"Não, estou bem," Axel resmungou, recusando aceitar simpatia das mesmas pessoas que lhe arrancaram tudo.

Mas Violet, com seus sete anos, não se importava. Ela se aproximou de onde Axel estava acorrentado e se sentou. Axel bufou. "Você não devia estar aqui. Não é seguro pra você."

"Mas você está aqui. Você vai me proteger," ela respondeu com um sorriso. Axel sentiu um golpe profundo no coração. O sorriso dela lembrava tanto o de sua mãe. Isso lhe trouxe paz, mas mesmo em sua pouca idade, ele sabia que era apenas uma ilusão. Violet agora era inocente porque era jovem, mas assim que crescesse, se tornaria como seus cruéis pais.

Violet puxou as mãos debaixo da capa e tirou um pedaço de pão. "Eu guardei isso pra você da mesa de jantar..."

Axel queria recusar a comida, mas seu estômago roncou. Ele precisava comer. Não conseguia lembrar a última vez que tinha comido algo.

Ele tentou pegar o pão, esquecendo-se das correntes em seus braços.

"Ah, eu posso te dar de comer..." disse a pequena Violet, percebendo a dificuldade.

Axel franziu a testa e o espírito de Lycano nele voltou. Ele não deveria aceitar favores de uma garota humana... muito menos da princesa.

"Esquece. Vai pra casa antes que fique com frio," ele sussurrou enquanto olhava para o pão na mão dela. Ele estava realmente faminto.

Violet balançou a cabeça e decidiu agir por conta própria. Ela se aproximou de Axel e partiu o pão entre suas mãos suaves. Então, levou-o aos lábios dele.

"Você deveria comer para ficar forte e bonito como um príncipe..." Ela disse com um grande sorriso no rosto.

Axel recusou, mas Violet era teimosa e determinada, no final, ele comeu das mãos dela.

Não era a primeira vez que Violet trazia comida para ele. Sempre que podia, ela guardava um pedaço de sua comida e o levava para ele quando ninguém estava olhando.

Ela colocou o pão na coxa dele e se levantou. Desprendeu a capa dos ombros e a envolveu ao redor dele.

"Mamãe disse que vai esfriar mais à noite. Você deve usar isso." Ela sorriu, satisfeita com o que fez, e voltou a alimentá-lo.

Ele apreciava a bondade dela, mas não conseguia aceitá-la, porque cada vez que a olhava, lembrava-se de como o povo dela enganara sua mãe e destruíra seu lar.

"Você deveria ir para casa," ele sibilou.

"Não até você terminar de comer." Ela insistiu com um pequeno franzido no rosto.

Aquela expressão parecia errada em seu rosto. Ela não parecia ser feita para carregar algo assim como uma carranca.

"Você não tem medo de mim?" Axel sussurrou.

Violet sorriu e olhou em seus olhos. "Você é um príncipe. Eu não posso ter medo de você porque sei que você não vai me machucar."

A resposta dela acrescentou ainda mais dor ao coração endurecido de Axel. Será que Violet realmente era diferente do resto dos seus?

"Ei, vocês aí!" Um guarda gritou de repente, apontando na direção deles.

A mão de Violet parou de alimentar Axel no meio do caminho, enquanto ela se virava para ver o que estava acontecendo.

Um guarda estava vindo em direção a eles e os pais dela estavam logo atrás.

Axel cuspiu a comida da boca e olhou furioso para o guarda que se aproximava.

Antes que o guarda pudesse chegar ao centro, mais guardas se juntaram a ele e todos correram em direção às crianças.

"Afaste-se dela, seu animal!" O primeiro gritou, afastando Violet do lado de Axel.

O rei e a rainha se aproximaram. Eles estavam rubros de raiva e a rainha se apressou para tirar Violet dos braços do guarda.

"Oh, minha querida princesa, você está machucada? Ele te tocou? Você está bem?" Ela perguntou, movendo Violet e inspecionando cada centímetro de sua pele à luz fraca.

Os olhos de Violet vacilaram com uma nuvem de confusão pelas perguntas que sua mãe lhe fazia.

"Estou bem, mamãe, o Axel não me machucou. Ele não pode me machucar. Ele é meu amigo!" Ela declarou inocentemente.

A rainha soltou um leve suspiro e se voltou para o marido. "Ele enfeitiçou o meu bebê!" Ela choramingou, abraçando Violet perto de seu grande torso.

Os olhos do rei se estreitaram e ele se aproximou de Axel. Ele agarrou o garoto acorrentado pelo pescoço e o levantou mais alto.

"Você tem a audácia de tocar na minha preciosa filha com suas mãos sujas!" Ele deu dois tapas fortes no rosto de Axel, seu corpo tremendo de raiva.

"Seu animal! Guardas, açoitem este tolo até ele aprender que nunca deve se associar a uma princesa!" Ele cuspiu no rosto de Axel e o jogou no chão frio.

"Não! Pai, não! Não o bata! Ele é meu amigo. Ele não fez nada de errado! Nós estávamos apenas conversando!" Violet tentou explicar, mas suas palavras foram ignoradas.

Os guardas, que já estavam ansiosos para açoitar o menino Lycan, levantaram seus chicotes e cumpriram a ordem sem hesitar.

Axel já havia sido açoitado em outras ocasiões, mas a dor que sentiu dessa vez era algo que nunca havia antecipado antes, e pela primeira vez gritou de dor.

Mas o rei e os guardas riram, divertindo-se com o sofrimento dele.

"Parem de batê-lo, ele é meu amigo! Parem de batê-lo!" Violet tinha lágrimas nos olhos enquanto lutava nos braços da mãe, implorando para deixarem Axel em paz, mas ninguém a ouviu.

"Levem-na para o quarto! Quero assistir isso," a rainha disse, e um dos guardas a afastou, arrastando Violet para longe.

Ela continuou gritando, chorando e implorando para que deixassem Axel em paz, mas o guarda estava apenas preocupado em levá-la embora.

"Isso vai ensinar você a guardar esses dedos sujos para si mesmo! Seu pestinha!" A rainha ria enquanto assistia Axel ser açoitado.

Axel foi tão violentamente espancado que seu corpo ficou dormente. Seus olhos estavam inchados e sua pele sangrava, mas ele se mantinha consciente.

Ele queria ver bem o rosto de todos eles. Queria lembrar-se deles para que, no dia em que a deusa voltasse a sorrir para ele, pudesse se vingar.

Enquanto o chicote lhe atingia a pele, fez um voto silencioso de causar a mesma dor que sentiu.

Olho por olho.