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Casamento com comandante

Casamento com comandante

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Introdução
Willabelle tinha um namorado jovem, bonito e rico, e estava noivo dela desde a infância. No entanto, um dia, ele foi pego tendo um caso com outra mulher em seu escritório e disse a ela que nunca a amara nos últimos nove anos! Nesse momento, um belo comandante em cadeira de rodas propôs a ela: “Case comigo, eu lhe darei tudo. Tudo menos amor.” Em um estado de tristeza profunda, ela disse que sim. Acontece que o comandante era irmão de seu ex-namorado, e seu ex-namorado seria seu cunhado...
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Capítulo

"Ahn... Que chato... Mmm... Não pare... Não pare... Benjamin..." A voz feminina sensual movida pela luxúria ecoava por detrás da porta fechada, tornando a atmosfera carregada de paixão.

"Ah, querida, sua safadinha... eu te amo demais!"

Os murmúrios de uma conversa incessante entre um homem apaixonado e uma mulher a atingiram; como um raio sobre a cabeça de Willabelle.

Não, aquela era a voz inconfundível de Benjamin, seu querido namorado!

A mão de Willabelle parou no ar, tremendo incontrolavelmente. Por mais que tentasse, não ousou abrir aquela maldita porta.

"Oh Benjamin, eu também te amo demais... mas e o seu irmão mais velho? Você sabe que ainda sou noiva dele. Além disso, ele vai voltar amanhã, e se ele descobrir sobre nós dois, estarei ferrada, com certeza! "

"Não, tenho certeza de que isso não acontecerá. Independentemente do que ele diga, ele ainda é meu irmão mais velho. Além disso, você agora está grávida de mim e não tem ideia do quanto minha mãe anseia por um neto. Assim que ela souber sobre o bebê, com certeza fará o possível para nos ajudar a convencê-lo!"

"E a sua secretariazinha, Willabelle? Vocês dois não têm um noivado desde a infância ou algo assim? E ela?"

"Quem? Aquela bobinha? Ela nem chega a ser um problema! Se o pai dela não tivesse me doado a córnea, eu a teria mandado embora das Indústrias Somerset há muito tempo. Confie em mim, querida... Eu amo só você..."

À medida que a voz de Benjamin ia ficando mais baixa, mais ruídos carnais vinham de dentro da sala de estar, acompanhados por sons estridentes causados por muito... balanço.

Lentamente, lágrimas começaram a brotar dos olhos de Willabelle. Ela mordeu o lábio com força enquanto lutava para não chorar.

Benjamin. O namorado dela. Eles estavam no colégio quando ela começou a gostar dele. Desde então, já se passaram nove anos!

Nove anos! Cada palavra dita por ele, suas preferências e implicâncias bobas, seu estilo para se vestir, seus hábitos de vida cotidianos, seu tudo!

Willabelle o conhecia como a palma de sua mão!

Mas do que foi mesmo que ele a chamou, um momento antes? Uma bobinha? Bem, irônico, não? Ela é mesmo uma boba, uma menina muito bobinha mesmo, não é? Uma idiota faladeira, uma confusão ridícula. Willabelle pensou.

As lágrimas começaram a cair livremente, numa enxurrada salgada. Apesar das lágrimas, os lábios de Willabelle se curvaram em um sorriso. A dor em seu coração era tão grande que ela mal conseguia recuperar o fôlego!

"Benjamin!" Willabelle gritou em meio às lágrimas, histérica de dor. "Seu desgraçado! Como pôde fazer isso comigo?"

Após seu brado, os ruídos animados na sala de estar pararam abruptamente!

Um ou dois momentos se passaram e, lá de dentro, ouviam-se o farfalhar de pessoas se vestindo!

Depois de um tempo, Benjamin saiu da sala, com a expressão cuidadosamente transformada em calma. Ao ver Willabelle e seu rosto dilacerado pelas lágrimas, tossiu duas vezes e admitiu: "Willabelle, como você já sabe, não vou precisar falar de novo. Meus sentimentos por você sempre foram platônicos, como de um irmão, e a pessoa que eu realmente amo é a Jennifer. Se você quiser que eu compense tudo isso e a indenize, é só me dizer... "

"Vou te fazer apenas uma pergunta!" Grandes lágrimas caíram como contas de seus olhos, uma após a outra. Encarando o rosto que ela amou por nove anos, Willabelle tinha um último vislumbre de esperança.

"Certo, pode falar." Benjamin respondeu.

"Você me amou em algum momento? Nesses nove anos juntos, você chegou a me amar?" Willabelle perguntou com os olhos fixos em Benjamin, as mãos cerradas em punhos.

"..." Silêncio. Um silêncio sufocante.

"Você nunca... me amou?" Os olhos de Willabelle estavam cheios de desespero.

"Sim!" Benjamin disse com muita frieza.

PAF!

Willabelle deu um tapa no rosto dele com toda a ferocidade de uma mulher desprezada. As lágrimas voltaram a cair copiosamente.

"Benjamin. Nove anos. Nove anos em que eu gostei de você, e você nunca disse isso! Se tivesse me falado, pelo menos uma vez, eu não teria insistido nisso até agora! Se nunca teve nenhum sentimento por mim, por que diabos você esperou até hoje para que eu descobrisse a verdade? Por quê?" Willabelle exigiu, agarrando-o pelo colarinho!

Aquele homem tinha sido nada menos do que a sua fonte de felicidade por nove anos, um homem que ela amava profundamente com cada fibra de seu ser. Até aquele dia, ela não tinha ideia de que não significava absolutamente nada para ele.

Talvez a parte mais dolorosa fosse que, mesmo naquele momento, ela ainda tivesse um vislumbre, uma lasquinha de esperança de que ele estivesse apenas brincando.

"Benjamin, você está mentindo para mim de propósito, não é? Você e aquela mulher vieram testar meus sentimentos por você de propósito, certo?" Willabelle teve uma ligeira sensação de que seu mundo todo desmoronava.

"Shh... Acalme-se Willabelle..." Benjamin franziu o cenho.

"Ah, meu Deus. Benjamin disse com todas as letras que nunca amou você, e daí? Há muitos outros peixes no mar. Basta deixá-lo ir..." Jennifer disse pausadamente. Ela vestia apenas a camisa branca de Benjamin, expondo um par de belas pernas. Olhou para Willabelle com orgulho estampado em seu rosto.

As palavras espinhosas de Jennifer feriram muito Willabelle. Ela agarrou o braço de Jennifer e rosnou: "Foi você! Você quem o seduziu, certo?"

"Benjamin, dói..." Jennifer choramingou enquanto o olhava com uma expressão de ressentimento.

"Wllabelle, solte-a! Ela está grávida!" Benjamin empurrou Willabelle sem hesitar.

Pof! Willabelle cambaleou por alguns passos e caiu para trás, batendo a nuca com força na beirada da mesinha de centro.

Uma pontada forte de dor inundou sua mente. Willabelle tocou a parte de trás da cabeça de forma hesitante. Havia algo pegajoso em seu cabelo. Ela aproximou a mão dos olhos e viu sangue! Sangue fresco!

"Willabelle, você está bem?" Benjamin decerto não esperava que as coisas acontecessem daquela forma. Correu para perto de Willabelle e estendeu a mão para segurar seu braço, tentando levantá-la.

"Solte-a." A voz cortante de um homem trovejou da porta.

Ao som daquela voz tão familiar, Benjamin estremeceu. Jennifer também se retesou, e ambos arregalaram os olhos para a pessoa na porta, incrédulos.

Sebastian! O noivo dela tinha voltado mais cedo do que o esperado!

Aturdida, Willabelle seguiu os olhares deles. Sem que ninguém percebesse, em algum momento durante o desenrolar de todo o fiasco, uma cadeira de rodas havia estacionado diante da porta do escritório. Um homem vestido com uniforme militar completo estava sentado sobre ela.

Ele tinha o cabelo bem cortado e um par de olhos brilhantes e penetrantes sob as sobrancelhas grossas e severas. Encarou com frieza a cena que se apresentava diante dele.

"Meu... irmão, como você chegou?" A boca de Benjamin tremia enquanto ele se mexia desconfortavelmente em seu lugar, sem saber o que dizer ou fazer.

Sebastian encarou furioso o irmão mais novo, o olhar desprovidos de qualquer emoção. Depois olhou com frieza para Jennifer, ainda usando uma camisa de homem. Finalmente, fixou os olhos em Willabelle, caída no chão.

"Ajude-a a se levantar e leve-a para o hospital!" Sebastian ordenou ao oficial especial atrás dele, Lee.

"Sim, Comandante!" Lee obedeceu e marchou até Willabelle para ajudá-la a se levantar e preparado para levá-la.

Willabelle se ergueu e encarou Benjamin, seu coração em pedaços. Estava estourando de dor de cabeça e a ferida ainda estava sangrando, mas nunca se sentira tão lúcida em toda a sua vida.

O homem que ela amava de todo o coração, acabara de empurrá-la sem piedade, por causa de outra mulher!

O que mais havia para ser dito?

"Eu posso andar sozinha, obrigada." O olhar de Willabelle se tornou triste e ela afastou com delicadeza a mão de Lee. Em silêncio, saiu sem olhar para Benjamin.

O oficial especial, Lee, fez o mesmo, levando Sebastian para fora da sala.

Todos saíram, deixando apenas Benjamin e Jennifer na agora espaçosa sala de espera.

O elevador chegou e Willabelle entrou, entorpecida. Ela se apoiou na parede do elevador, o corpo fraco e os olhos cheios de desespero.

Lee empurrou o comandante Sebastian para dentro do elevador, cuja porta se fechou lentamente. Sebastian olhou em silêncio para Willabelle, então desviou o olhar. Seu olhar penetrante vagueou...

O elevador chegou ao andar térreo. Willabelle encarou a entrada e imediatamente saiu, com a alma debilitada e o coração desmoronado...

Lee empurrou Sebastian para fora do elevador e em direção ao SUV na entrada do saguão!

Willabelle se dirigiu para a entrada do saguão. Quando estava prestes a passar pelo Land Rover, foi detida por Lee. "Você está ferida, vamos levá-la ao hospital!"

Willabelle olhou para Lee e forçou um sorriso grato, que saiu mais como uma careta. "Obrigada, estou bem. Não vou morrer!" Ela se virou e ia saindo quando de repente sentiu que uma mão grande agarrava com firmeza seu braço. Willabelle se virou e viu que a mão pertencia a Sebastian!

"Estou bem..." Embora mal conhecesse o homem, ela o tinha encontrado uma ou duas vezes na casa da família Somerset. Era o irmão mais velho de Benjamin!

"Entre no carro", Sebastian exigiu em um tom severo!