Zhenghong Grand Hotel — o mais sofisticado hotel cinco estrelas em Huacheng.
Logo cedo pela manhã, o lugar foi abalado por um grito agudo e estridente de uma mulher: "Ahhh!"
Lá estava ela — uma mulher de porte atlético, deitada sem vida em uma poça de sangue. Seu corpo estava coberto apenas por um lenço fino, um lado do rosto pressionado contra o chão, olhos arregalados como se tivesse visto algo aterrorizante antes de morrer.
O ar no quarto cheirava a sangue. Era um odor pesado, nauseante — suficiente para revirar o estômago de qualquer um.
Com um assassinato desses, a equipe do hotel chamou a polícia numa velocidade relâmpago.
Logo, os policiais chegaram ao local.
Tudo foi descoberto rapidamente, então o controle da cena do crime estava bem organizado e limpo.
Mas do lado de fora do quarto, uma multidão de curiosos se reunia, esticando o pescoço, tentando espiar o que estava acontecendo.
Liderando a investigação estava Richard Carson, que os policiais chamavam simplesmente de “chefe”. Ele estava ajoelhado ao lado do corpo, examinando atentamente os ferimentos.
Foi então que um garotinho — não devia ter mais que quatro ou cinco anos — atravessou a multidão e correu até Richard com uma expressão séria no rosto. Ele se inclinou e sussurrou: "Tio, eu sei quem fez isso."
Richard levantou o olhar e piscou para aqueles grandes olhos redondos.
Uma criança tão jovem? Falando sobre assassinos? Ele devia estar perdido. Talvez os pais não estivessem prestando atenção e ele escapou.
Mantendo-se profissional, o tom de Richard foi firme. “Garoto, aqui não é lugar para brincar. Volte para fora.”
Mas o pequeno não desistiu. Ele abraçou a perna de Richard com força e disse em uma voz suave e teimosa, “Tio, estou falando sério! Eu realmente sei quem fez isso!”
Então, como se estivesse com medo de que Richard não acreditasse nele, o menino rapidamente acrescentou, “As trancas das portas e janelas estão todas intactas. Isso significa que a mulher deve ter deixado o assassino entrar por conta própria. Ela o conhecia.”
Richard parou, pego de surpresa. Ele não esperava que uma criança percebesse isso de jeito nenhum.
Percebendo a surpresa de Richard, o garoto deu um sorriso orgulhoso. "As roupas dela sumiram, e havia hematomas por todo o corpo—na cabeça, cintura e ombros. Isso mostra que provavelmente ela foi agredida antes de morrer. E o agressor deve ter sido mais forte e mais alto—então, provavelmente um homem."
Então o garoto se virou e apontou diretamente para um homem na multidão. Vestido dos pés à cabeça com um boné puxado para baixo, ele parecia muito suspeito.
"É ele!"
A expressão do homem tremeu, pânico passando pelo seu rosto. "Você não sabe do que está falando!" ele retrucou.
Os olhos de Richard se afiaram enquanto ele focava no sujeito.
Mas o garoto permaneceu calmo e continuou, "Por que você está tão nervoso se é inocente?"
"Estou apenas me defendendo!" o homem retrucou, ficando cada vez mais ansioso. "Estou sendo falsamente acusado aqui!"
O garoto não perdeu o ritmo. "Está uns 26 graus aqui dentro. Todo mundo veio com roupas leves, mas você? Está suando debaixo desse casacão e ainda não o tirou? Estranho, né?"
O cara abriu a boca para argumentar, mas agora, alguns policiais já estavam se aproximando dele.
Mesmo que ele não fosse o assassino, com certeza era suspeito o suficiente para questionar.
O homem entrou em pânico na porta, de repente se lançou para frente—mas não chegou longe. Antes mesmo de dar três passos, os policiais o agarraram e o imobilizaram no chão.
O pequeno garoto correu até lá e, rapidamente, arrancou o casaco do homem.
Agora todos podiam ver—sua camisa por baixo estava encharcada de sangue no ombro direito e no braço.
Havia também arranhões vermelhos profundos em seu pescoço—como se unhas tivessem cravado nele.
Deitado no chão, o homem soltou um grito: “Me solta! Me solta!” O garotinho estava parado na frente dele, agachado para olhar o homem estirado no chão como um verme, e sorriu. “Tio, com todas as provas contra você, preciso mesmo dizer mais alguma coisa?”
O rosto do homem ficou sombrio de raiva. Ele cerrou os dentes e rosnou: “Seu pestinha, espera só!”
O policial que o mantinha pressionado gritou: "Fica quieto!"
Sinceramente, pelo jeito que ele estava, a chance era grande de ele ser o responsável por esse caos.
Richard Carson permaneceu em silêncio, olhando uma vez para o sangue sob as unhas da mulher, depois para as marcas vermelhas no pescoço do homem. Ele praticamente concluiu como os ferimentos surgiram.
A faca encravada no estômago da mulher, ligeiramente inclinada para a direita, alinhava-se perfeitamente com o sangue na roupa do homem.
Seu tom era baixo e firme: “Levem-no. Interroguem com cuidado.”
Eles identificaram o suspeito tão rápido graças a esse pequeno gênio.
Esse pensamento trouxe um sorriso quente ao rosto de Richard. Ele se aproximou e deu uma leve palmadinha na cabeça do garoto. “Obrigado, garoto. Você foi realmente útil.”
O menino sorriu, sua voz suave e doce. “Mamãe diz que os tios da polícia são todos bons. Ajudar os bons é a coisa certa a fazer.”
Richard perguntou: “Qual é o seu nome? Onde está sua mãe? Vou te levar até ela.”
“Tio, sou George Myers.” O menino olhou para a multidão, depois de repente começou a acenar com suas mãozinhas fofinhas. “Irmão! Estou aqui!”
Um segundo garoto, que parecia uns 70–80% parecido com George, se aproximou. Seu rosto era mais sério, não tão jovial. Ele fez um aceno apropriado. “Olá, seu policial.”
Richard retribuiu o aceno. Em todos os seus anos de serviço, raramente encontrou crianças tão inteligentes – e tão adoráveis.
“Vocês são gêmeos?” ele perguntou, curioso.
George exibiu um sorriso radiante. "Isso mesmo! Meu irmão se chama James Myers. Ele nasceu apenas alguns minutos antes de mim, então ele é o irmão mais velho." Ele fez uma carinha de leve descontentamento, como se ser o mais novo o incomodasse um pouco. Muito fofo. James se aproximou rapidamente e agarrou a mão do irmão, repreendendo suavemente: "Onde você foi parar? Não consegui te encontrar em lugar nenhum!" O pequeno George fez um biquinho, parecendo super injustiçado. Justo quando os irmãos estavam prestes a sair, alguém saiu correndo de uma sala próxima — era o mesmo homem que a polícia tinha acabado de algemar. Seus olhos estavam vermelhos, com uma expressão selvagem. Sem hesitar, correu a toda velocidade em direção às duas crianças. Seus olhos estavam enlouquecidos, cheios de um olhar de assassino. Só de olhar, já dava arrepios. Richard estava longe demais para intervir. Ele gritou: "Corram!" Os garotos se viraram, confusos, bem no momento em que o homem avançou em direção a eles com o punho levantado — Naquele instante, James se colocou na frente do irmão como um pequeno cavaleiro. Seu corpo pequeno tremia, ele fechou os olhos com força, tentando proteger George de qualquer perigo. Mas em vez de dor, ouviu-se um forte "BANG!" seguido de um grito. James não sentiu nenhum golpe. Espiando com um olho aberto, viu o suspeito encolhido no chão, gemendo de dor. Ao lado dele estava uma mulher elegante em salto de cinco polegadas, olhando friamente para baixo. Ela emanava autoridade, sua voz tão fria quanto gelo ao advertir: "Fiquem longe dos meus filhos."
